Em "As Panteras", Kristen Stewart vive um de seus melhores papéis - DELTA | Cultura online

Em "As Panteras", Kristen Stewart vive um de seus melhores papéis

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O longa é a nova adaptação cinematográfica da série policial 
Charlie's Angels, sucesso na década de 1970. 

Sinópse - Sabina Wilson (Kristen Stewart), Jane Kano (Ella Balinska) e Elena Houghlin (Naomi Scott) embarcam numa perigosa missão global, a fim de impedir que um novo programa de energia se torne uma ameaça para humanidade.

Ficha técnica
Data de lançamento 14 de novembro de 2019 (1h 59min)
Direção: Elizabeth Banks
Elenco: Kristen Stewart, Naomi Scott, Ella Balinska
Gêneros: Ação, Comédia
Nacionalidade: EUA
Título original: Charlie's Angels
Distribuidor: SONY PICTURES
Ano de produção: 2019
Nota: 3/5

Crítica: O fato é que As Panteras voltou com um gostinho de "Três espiãs demais". O filme, desta vez dirigido por uma mulher, e com um elenco majoritário feminino, traz o debate sobre o gênero para a espionagem e no âmbito científico. É impossível não sentir repulsa com os assédios sofridos por Elena Houghlin, vivida por Noami Scott, além dos comentários machistas pronunciados que a fiz revirar os olhos e nós reviramos juntos. O fato é, As Panteras sempre buscou esse papel de trazer o protagonismo feminino para produções policiais, geralmente dominadas por homens. 

O longa é marcante por dois aspectos: primeiramente, há um apelo real a comédia e, se antes As Panteras venciam os bandidos apenas com suas habilidades nas artes marciais, agora foram equipadas com o melhor da tecnologia - e os closets mais pareciam com os momentos em que as "Três espiãs demais" recebiam seus equipamentos super-tecnológicos antes de sair para a missão. 


O roteiro busca ser surpreendente, desde a saga para o descobrimento do vilão, mas perde em aprofundamento psicológico e em furos facilmente evitáveis. As personagens, são pouco exploradas em suas camadas mais profundas, apesar de haver uma tentativa mais intencionada em mostrar a perda de Ella Balinska e como é acostumada a fazer tudo por conta própria. Naomi é reduzida há uma mulher assustada e desajeitada, no início, mas que demonstra ser muito inteligente e só. Kristen Stewart parece ser uma rica que costumava ser problemática, mas o único momento em que poderia ser aprofundado, o longa deixa a informação solta por si só e o espectador sequer tem a oportunidade de entender se isto é verdade ou se Sabina estava apenas brincando. Há uma evolução perceptível em Naomi e em Ella, entendida dentro da trama e menos perceptível em Kristen.

A falta de aprofundamento psicológico era demonstrada na maioria das decisões dos personagens, que às vezes não eram sequer justificáveis. O propósito dos vilões eram fracos o que dificulta a palatabilidade do longa.  

Por falar em Kristen Stewart, este é um dos papéis em que ela melhor se saiu. Desde o corte de cabelo, ao personagem servindo de alívio cômico, fez com que ela se encaixasse e sentisse a vontade, entregando um show de atuação. Apesar de a personagem dela não participar das lutas como a personagem de Ella Balinska, fazendo o espectador querer mais de Kristen do que o filme permite entregar. 

Ps: Novamente Noah Centineo aparecendo em um filme só para ser um 
rosto bonitinho e fazer adolescentes suspirarem?   

Erros não puderam deixar de ser percebidos, como na cena em que As Panteras são atingidas por uma explosão. Antes os filmes eram mais fantasiosos e, sabendo disso, o espectador entendia que está tudo bem alguém desarmado vencer diversos homens armados apenas lutando um karatê. Nesse, entretanto, eles pareciam querer entregar algo acreditável, algo verossímil - e no momento da explosão, Elena sai atordoada, obviamente, com o som da explosão a impedindo de andar e entender o que estava acontecendo. Quando a câmera foca em Jane, ela não só está bem como consegue carregar uma pedra pesada e, depois, carregar a própria Sabina? E o atordoamento? Ela também não sofrera a mesma explosão?

A trilha sonora conquista quem gosta de um POP, que sente a emoção de ouvir 
Ariana Grande, Normani, Nicki Minaj e, inclusive, Anitta!

Apesar de não ser muito marcante, é um filme de bom roteiro e com uma comédia razoável para agradar um grande público. Talvez seja uma produção hollywoodiana que traz "mais do mesmo", mas pelo menos teve o cuidado de ser a parte boa desse 'mesmo'. 

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