Com os avanços tecnológicos, principalmente o advento da internet, a denúncia e repúdio à intolerância tornou-se mais palpável e de fácil acesso. Entretanto, essa facilidade em assistir a casos de intolerância no Brasil, e de perceber a recorrência significativa de preconceituosos, tem assustado a população e esta pede reação governamental.
Desde o sistema colonial, implantado no Brasil, os lusitanos já apresentavam xenofobia e intolerância religiosa, enraizando o território com preconceito desde então. Apesar da abolição da escravidão, percebe-se a dificuldade permanecente dos negros alcançarem a equidade social. No que concerne aos comentários de cunho racista à Maju Coutinho, remetendo também ao goleiro chamado de "macaco", evidenciou-se a grande notoriedade dada dos internautas ao ocorrido, por conta da quantidade significante de usuários acharem inaceitável comentários preconceituosos em pleno século XXI, como os dito cujos, e mostraram sua revolta com esse tipo de crime.
Já no século XX, Jorge Amado denunciava a opressão cometida a negros e aos de baixa classe social, como é evidenciado em Capitães da Areia, por exemplo, na abordagem inapropriada dos policiais para com sem-pernas. O escritor já denunciava o absurdo do "Darwinismo social" e do "racismo científico". Se no século passado havia críticas ao preconceito, imagine neste, em que uma criança recebeu uma pedrada, por pertencer a uma religião de matriz africana, o Candomblé. Neste mesmo século, no qual o Brasil é um dos países com maiores índices de assassinatos a transsexuais. Se atualmente a intolerância causa tanta repulsa, não é entendível o porquê de ocorrerem tantos casos -o que é entendível é a população reivindicar intervenção.Portanto, já é um avanço no combate à intolerância, pelo fato dos meios midiáticos facilitarem a denúncia e pela revolta de muitos brasileiros cobrando punições para crimes de caráter preconceituoso. Entretanto, é essencial por parte do Governo Federal e do Ministério de Educação e Cultura, garantir que no sistema educacional esteja presente a conscientização no que concerne à pluralidade de manifestações religiosas, gênero e sexualidade, afinal, como disse Zilda Márcia, a intolerância é cultural. É imprescindível, também, a fiscalização rigorosa da aplicação das leis existentes, como a do ensino obrigatório da cultura Africana nos colégios. Ademais, caso haja ainda manifestações de preconceitos, cabe ser aplicado punições enquadrando o crime como hediondo, já que é um crime contra a vida. Medidas em suma profiláticas podem reduzir a intolerância que já se mostra incabível no século XXI.








