"A Possessão de Mary" entrega mais do mesmo, mas em local diferente - DELTA | Cultura online

"A Possessão de Mary" entrega mais do mesmo, mas em local diferente

Share This

SINOPSE 

David (Gary Oldman) é um capitão de colarinho azul que luta para melhorar a vida de sua família. Estranhamente atraído por um navio abandonado que está em leilão, David impulsivamente compra o barco, acreditando que será o bilhete de sua família para a felicidade e a prosperidade. Mas logo depois que eles embarcam em sua jornada inaugural, eventos estranhos e assustadores começam a aterrorizar David e sua família, fazendo com que se voltem um contra o outro e duvidem de sua própria sanidade.

Não recomendado para menores de 14 anos

A Possessão de Mary
Lançamento: 23 de janeiro de 2020 
1h 24min 
Gênero: Terror, Drama
Direção: Michael Goi
Elenco: Gary Oldman, Emily Mortimer, Owen Teague
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: PARIS FILMES


Crítica
Quem realmente gosta do gênero Terror, tem percebido que os longas estado-unidenses vem entregando sempre mais do mesmo, sem muita inovação na fotografia, efeitos visuais e até mesmo roteiro. A maioria se passa em uma grande casa assombrada em que uma entidade vai possuindo os personagens, dando sustos, até ser expulso ou conseguir matar a todos. E a 'Possessão de Mary' entrega mais do mesmo, mas pelo menos a trama se passa em um barco, o que por si só traz uma história mais assustadora, já que não há para onde fugir. 
A história inicialmente mostra uma família com atritos entre os pais por David (Gary Oldman) ter adquirido um barco que eles não têm dinheiro, até o momento, para pagar. Logo, Sarah (Emily Mortimer) é convencida pelo marido que não aguenta mais trabalhar para outra pessoa, e por isso quer adquirir independência financeira, tendo sua própria embarcação. As filhas do casal ficam encantadas com a posse. 
Um mistério fica aberto: uma equipe da Guarda Costeira encontra a embarcação e aparentemente dois dos trabalhadores são atacados. O que acontece até o barco ir a leilão? Por que esse furo no roteiro não é resolvido quando o casal lê os documentos da guarda costeira junto com os papéis sobre os antigos detentores do Veleiro?
Aceitando que o tempo passou e o barco foi a leilão e adquiridos, a família começa a reformá-lo para que ele aguente ir para alto mar. a viagem começa e os personagens começam a ser possuídos, cada um a sua forma. 
O drama é satisfatório, há um certo aprofundamento psíquico em cada personagem, com foco em Sarah que tem um papel predominante no sofrimento da trama. O espectador consegue tomar sustos, apesar do demônio/bruxa/ ser exatamente igual ao de vários outros filmes de terror. Literalmente igual. 
As cenas de violência são fraquíssimas: alguém ataca e perde a luta segundos depois. Tomy e Mike são inseridos na trama apenas para tudo não ser "fácil demais", já que são os únicos que ficam devidamente possuídos, fora a criança. E alguém pode me explicar como Sarah, ao ser atirada com uma corda no pescoço e as mãos amarradas, consegue cortar a fita das mãos no barco em movimento enquanto a corda deveria estar enforcando-a e isso tudo em meio a uma tempestade?
No final, uma revira-volta inesperada deixa a trama mais interessante. Mesmo não sendo inovador, a proposta é interessante, principalmente pela trama ser menos batida por ser em um barco. 
O roteiro é majoritariamente consistente, eficaz e as explicações (spoiler) são interessantes: "O mal precisa tomar um corpo e o corpo dela é o barco". "Ela leva todos ao mesmo lugar, provavelmente é onde foi morta e ela leva as crianças porque provavelmente levaram as dela". É uma explicação que dá para aceitar e o espectador sair da sala de cinema sem reclamar.  
 
Nota: 2,5/5

Matérias mais lidas

Confira como está o trânsito nas principais vias da cidade

Pages