Amizades inoportunas - DELTA | Cultura online

Amizades inoportunas

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O sol já estava poente, seria mais um dia comum, no qual Alice finalizava mais uma jornada de trabalho. Estava andando para casa, com os sapatos apertando-lhe os pés, quando foi surpreendida:
- Passa a bolsa e se gritar, eu te mato! - disse o assaltante.
Mal terminou de falar, quando sorrateiramente, um policial puxou seu revólver e disse: 
- Parado aí, você está preso em nome da lei! Você tem o direito de permanecer calado ou o que disser poderá ser usado contra você no tribunal. - O assaltante se virou para encará-lo. -É você João? Não acredito, mano, quanto tempo!- Disse o agente ao reconhecer o meliante. 
Eles abraçaram-se, enquanto Alice saía indignada, afinal, medidas punitivas não foram tomadas. Não obstante, insatisfeita com a situação, Alice resolveu processá-los, acusando o policial de cúmplice inclusive, levando ambos à julgamento. 
Os dias se passaram e, finalmente, chegou o dia de a promotoria e defensoria apresentarem seus argumentos ao magistrado. Alice, ansiosa, aguardava sentada, balançando as pernas, a chegada do, até então atrasado, juiz. Quando ele repentinamente entra na sessão, pisando firmemente no chão, encara os réus e em seguida sorri, ao reconhecê-los. Costumavam ser amigos de infância, em seguida se cumprimentaram. Aquelas eram amizades incrivelmente inoportunas para Alice que, no fim, só queria processá-los. 

Atividade referente a transformar uma tira em narrativa, respeitando a sequência de quadros/acontecimentos.

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