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Poesia de viagem

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Como em toda poesia escrita por mim, gosto de explicar o motivo de tê-las feito, afinal, não é segredo o fato de que poemas não são o meu forte. Portanto, sem mais delongas, explico que eu estava sem internet e entediada, após longas horas de viagem de carro, possuindo apenas ferramentas do celular que funcionem sem internet, uma delas sendo o bloco de notas, o qual abriga muitos textos meus. Eu estava com fome e percebendo o quão o tempo demora para passar quando a situação não é, digamos, divertida, e isso me impulsionou a escrever esse dramático poema. Espero que se divirtam tanto quanto me diverti ao escrevê-lo. 

Um algo entre tempo e fome

Temperei a vida
Como quem cozinha
Recheei de memórias vívidas
O pouco tempo em que estive viva

Temperei com condimentos fortes 
Com bastante cuidado 
para não fechar a glote
Enquanto seguia 
rumo ao norte

Provei da vida 
um gosto amargo
quando prosseguir 
parecia árduo 
Mas tudo foi
compensado 
Pela calmaria 
do mar salgado

Provei, também, 
A essencial doçura
dos dias de clima 
que me convém

Mesmo nos dias de frio
Enrolada no cobertor
estou derretendo de amor 

Visualizei a tal seta 
a qual me ajudaria 
à cumprir minhas metas
Apontado está o caminho
Não quero continuar sozinho!

A seta indicou 
A vida está no ponto! 
E a comida quase pronta
Como n'um conto

O relógio travou
tudo quase se queimou
Mas a cozinha não desabou
tampouco se abafou
Em fumaça

Continuei com 
fome da vida
Sede de justiça 
vontade de navegar
Pressa para chegar
Em qualquer lugar

sigo espontaneamente
tentando encontrar
aquele ambiente
onde me sentirei viva 
e com barriga cheia
de satisfação 

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