Fábricas-escolas são instaladas em Salvador e no interior - DELTA | Cultura online

Fábricas-escolas são instaladas em Salvador e no interior

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O sonho de uma formação técnica ou de montar o próprio negócio tem se tornado viável para os estudantes que podem optar em fazer um curso técnico de nível médio, se preparando para o mundo do trabalho ou para ser um empreendedor. Para tanto, a Secretaria da Educação do Estado tem ampliado e expandido a oferta de cursos para toda a Bahia. Para se ter uma ideia, neste ano, foram ofertadas 160 mil vagas. 

O número de unidades ofertantes na rede estadual, entre 2015 e 2018, também foi ampliado de 172 para 225 e o número de cursos de 71 para 83. Além disso, estão sendo ofertados cursos de qualificação de curta duração em diversas unidades escolares, fazendo com que a Educação Profissional chegue a mais de 340 municípios. 

Estes números refletem os avanços da rede de Educação Profissional do Estado da Bahia no cenário nacional, que é apontada como a segunda maior do Brasil e a primeira do Nordeste. Além da oferta de cursos pelo próprio Estado, a Secretaria da Educação também é executora de programas federais como PRONATEC FIC, MEDIOTEC e PROJOVEM Urbano e Rural. 

A oferta dos cursos é contextualizada nos 27 Territórios de Identidade da Bahia, considerando a pluralidade e diversidade cultural, bem como as suas características socioeconômicas e ambientais. Deste modo, os estudantes são preparados para uma inserção no mundo do trabalho e, também, para serem empreendedores sociais e agentes de transformação nos locais onde vivem. Além disso, os estudantes contam com o incentivo de programas estratégicos do Governo como o Primeiro Emprego, que lhes garante a primeira experiência profissional. 

Fábricas-escolas são instaladas na capital e no interior - Quanto à Educação Empreendedora, a Secretaria da Educação do Estado tem fomentado a instalação das Fábricas-Escolas. Já foram inauguradas a Fábrica-Escola do Chocolate, vinculada ao Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Baixo Sul, no município de Gandu; a Fábrica-Escola do Chocolate Deize Silva Santana, no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Nelson Schaun, em Ilhéus; a Fábrica-Escola do Chocolate no Centro de Educação Profissional (CEEP) da Floresta do Cacau e do Chocolate Milton Santos, no Assentamento Terra Vista, no município de Arataca; a Fábrica-Escola do Couro, no Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Bacia do Jacuípe, no município de Ipirá; e a Fábrica-Escola da Construção Civil no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Gestão Severino Vieira, localizado no bairro de Nazaré, em Salvador. 

Instalados nos Centros de Educação Profissional e Tecnológica, esses equipamentos servem como laboratório para que os estudantes que fazem os cursos técnicos de nível médio tenham aulas práticas e possam desenvolver projetos, pesquisas e intervenções sociais, aperfeiçoando a formação profissional. As fábricas ficam abertas à comunidade local (produtores, cooperativas e agricultores familiares, por exemplo) para a capacitação e certificação de trabalhadores e para a incubação, pré-incubação e aceleração de empreendimentos.

A estudante do curso técnico em Agroindústria com ênfase em Chocolate, Maria José Ferreira, 44 anos, do CEEP da Floresta e Chocolate Milton Santos, fala sobre as novas oportunidades: "Estou muito empolgada, porque temos a oportunidade de aprender diretamente dentro da fábrica, interagindo com muita prática. O chocolate é uma cultura que está voltando a crescer e tenho muito interesse nesta capacitação para o mercado local". 

Ainda deverão ser instaladas Fábricas-Escolas do Chocolate no CETEP do Médio Rio das Contas, localizado no município de Ipiaú; a Fábrica-Escola da Carne do Sol, em Itororó, no CETEP do Médio Sudoeste da Bahia; e a Fábrica Escola da Maniçoba, em Cruz das Almas, que terá uma parceria com a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) para trabalhar com a cadeia da mandiocultura e seus subprodutos, como beiju, biscoitos, farinha e a própria maniçoba. 

A Fábrica-Escola da Moqueca, em Valença, irá desenvolver tecnologias de processamento de pescados e mariscos, além do desenvolvimento e aperfeiçoamento de pratos típicos regionais. Já a Fábrica-Escola da Carne de Fumeiro, no município de Maragogipe, irá desenvolver tecnologias de processamento de carne suína, pescados e mariscos, principalmente a defumação, em parceria com comunidades quilombolas. 


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