Crítica: A Casa do Medo - Incidente em Ghostland - DELTA | Cultura online

Crítica: A Casa do Medo - Incidente em Ghostland

Share This
Data de lançamento do filme: 18 de outubro de 2018 
Direção: Pascal Laugier
Elenco: Crystal Reed, Anastasia Phillips, Emilia Jones mais
Gênero Terror
Nacionalidades França, Canadá
Título original 
Ghostland
Distribuidor PARIS FILMES
Ano de produção 2018
Tipo de filme longa-metragem


SINOPSE E DETALHES

Pauline acaba de herdar uma casa de sua tia e então decide morar lá com suas duas filhas, Beth e Vera. Mas, logo na primeira noite, o lugar é atacado por violentos invasores e Pauline faz de tudo para proteger as crianças. Dezesseis anos depois, as meninas, agora já crescidas, voltam para a casa e se deparam com coisas estranhas.


Curiosidade

"A atriz Taylor Hickson processou a produtora Incident Productions após ter o rosto desfigurado em um acidente no set do filme. As informações são do Deadline. O acidente aconteceu em 2016. De acordo com a publicação, o diretor Pascal Laugier (do marcante 'Martyrs') pediu que a atriz batesse com força em uma porta de vidro durante uma forte cena, com medo das consequências, Hickson questionou a produção sobre a segurança, que disseram que seria seguro fazer. O vibro acabou cedendo e atriz teve que receber 70 pontos, além de ter ficado com uma cicatriz permanente no rosto. O processo também afirma que ela teve traumas emocionais após o acontecido e recusou vários papéis durante o período de recuperação." Curiosidade encontrada no site CINEPOP

Crítica

Uma das cenas emblemáticas, em que Beth aparece já adulta, demonstra que ela estava tendo um pesadelo. No diálogo é revelado que ela estava novamente no porão. Ela diz que "os pesadelos voltaram", o que parece uma premonição e demonstra que os sonhos são emblemáticos e elementos importantes para o desenvolvimento do longa. 
Elisabeth escreve o livro "A casa do medo" sucesso aclamado pela público. Em entrevista, a perguntam o que acontecera com ela e com sua irmã na adolescência e se o livro é autobiográfico ou uma homenagem à família, porque, de fato, a história parece ser demasiadamente próxima do real.
Estranhamente, Beth recebe uma ligação da Vera, sua irmã. Beth está preocupada, voltara a ter pesadelos e recebe aquela ligação implorando por ajuda. Apesar de considerarem que Vera sofre de algum tipo de doença mental, causadas em decorrência do trauma, tratam ela como se fosse louca, mas, mesmo assim, Beth resolve ir ajudar, principalmente porque sua mãe não atende o telefone.
Toda a fotografia do filme muda com Beth de volta a casa, antes se estava predominada tons brancos e claros, agora predominam tons escuros e terrosos, além da sensação do desconforto desde a maneira como as personagens se vestem, até alguns sustos ocasionados. O cenário também muda: antes Beth se encontrava no "meio" da cidade, em escritórios, mas ao retornar a casa, tudo que se encontra ao redor são muitas árvores, dando impressão que a casa está "no meio do nada".  
Beth começa a ouvir vozes, o telespectador não sabe se Beth também está ficando louca ou se as coisas que Vera vê realmente existem. Os pesadelos prosseguem - recurso, inclusive, bem utilizado para aterrorizar o público e assustar com certo êxito. 
Uma voz fala “nos dominamos sua irmã, e agora é sua vez”. Beth acorda cheia de hematomas.
Uma revira-volta sinceramente inesperada ocorre. Um ótimo trabalho de roteiro leva o pós-terror e o aprofundamento psicológico a outro patamar. Em contraponto, a figura do vilão é pessimamente explorada.   
A linha temporal do filme parece inicialmente confusa, até tudo começar a fazer sentido. O  filme busca um aprofundamento psicológico ímpar das protagonistas. Sem querer revelar o final e instigar o porquê da revira-volta, Beth percebe que ela gosta de contar histórias. Afinal, como o longa explora, a discrepância entre realidade, insanidade e escrever histórias pode acabar sendo quase imperceptível. 

Nota: 







Matérias mais lidas

Confira como está o trânsito nas principais vias da cidade

Pages