No auge do terceiro ano do ensino médio, precisei me desfazer de vários passatempos para dedicar mais tempo aos estudos. Abandonei 4 séries, continuei acompanhando duas -infelizmente uma acabou, a outra permaneço assistindo todos os domingos, firme e forte. Não abdiquei do celular, e consequentemente permaneci em todas (e são muitas) redes sociais. Gostaria de falar então de uma delas, a qual já excluí trezentas vezes, me sentia livre por alguns dias, e então baixava novamente. O porquê eu me pergunto a algumas semanas, e com esse questionamento escrevo essas linhas. Por que eu sempre baixava o Facebook, repetidas vezes?
Eu cresci muito nos últimos tempos com essa rede social. Faço parte de grupos com debates, textos, movimentos e varios adventos os quais fizeram eu desconstruir muitos preconceitos (e eu nem suspeitava de serem preconceitos), conheci neste mesmo ambiente muitas pessoas militantes e abracei algumas causas. Descobri no facebook também como é necessário medir as palavras usadas em qualquer discussão, pois podem ser mal interpretadas, repercurtirem, magoar alguém e mesmo que excluída, corre o risco de ficar ali pra sempre. Tive provas nessa mesma rede social, que liberdade de expressão é diferente de discurso de ódio, e essa "liberdade" acaba quando invademos o espaço do outro. Mas com tanto a acrescentar na minha vida, porque então, primeiramente, eu excluía?
Porque muitos dos usuários não aprenderam a respeitar o espaço do outro. Uma discussão onde há divergência de opiniões, ao invés de uso de argumentos, começam-se brigas repudiavéis, xingam uns aos outros e não se preocupam em magoar. Vi pessoas e crianças objetificando-se, machucando-se e prestando-se a papéis deploráveis, para ter fama na rede social. Por curtidas. Vi uma felicidade falseada e muitas pessoas querendo "ostentar" como se isso o fizesse melhor que alguém. Vi garotos no face fazendo cantadas, assediando, ameaçando garotas, não sabendo ouvir um "não", e outros achando perfeitamente normal. Quis dar um basta por não conseguir argumentar em uma publicação, sem que aquilo virasse uma "picuínha", ou deixasse de ser levado a sério. Quis abandonar um espaço que serve para ficarmos julgando uns aos outros, achando que olhar perfil é conhecer a vida e pensamentos de alguém. Quis sair porque as pessoas não sabem usar esse espaço. Pessoas que escrevem multiplicando letras, dizendo que é mais bonito escrever "aaasssssiiimmm" (sério, isso não ficou restrito ao orkut). Um espaço que me fez crescer tanto como feminista e como militante, e eu mal quero chegar perto e me assustar com determinadas postagens carregadas de preconceito e, às vezes, de maldade humana. Por essas e outras, não tenho certeza se corto o vínculo ou não com o face. Decidirei em breve.
Eu cresci muito nos últimos tempos com essa rede social. Faço parte de grupos com debates, textos, movimentos e varios adventos os quais fizeram eu desconstruir muitos preconceitos (e eu nem suspeitava de serem preconceitos), conheci neste mesmo ambiente muitas pessoas militantes e abracei algumas causas. Descobri no facebook também como é necessário medir as palavras usadas em qualquer discussão, pois podem ser mal interpretadas, repercurtirem, magoar alguém e mesmo que excluída, corre o risco de ficar ali pra sempre. Tive provas nessa mesma rede social, que liberdade de expressão é diferente de discurso de ódio, e essa "liberdade" acaba quando invademos o espaço do outro. Mas com tanto a acrescentar na minha vida, porque então, primeiramente, eu excluía?
Porque muitos dos usuários não aprenderam a respeitar o espaço do outro. Uma discussão onde há divergência de opiniões, ao invés de uso de argumentos, começam-se brigas repudiavéis, xingam uns aos outros e não se preocupam em magoar. Vi pessoas e crianças objetificando-se, machucando-se e prestando-se a papéis deploráveis, para ter fama na rede social. Por curtidas. Vi uma felicidade falseada e muitas pessoas querendo "ostentar" como se isso o fizesse melhor que alguém. Vi garotos no face fazendo cantadas, assediando, ameaçando garotas, não sabendo ouvir um "não", e outros achando perfeitamente normal. Quis dar um basta por não conseguir argumentar em uma publicação, sem que aquilo virasse uma "picuínha", ou deixasse de ser levado a sério. Quis abandonar um espaço que serve para ficarmos julgando uns aos outros, achando que olhar perfil é conhecer a vida e pensamentos de alguém. Quis sair porque as pessoas não sabem usar esse espaço. Pessoas que escrevem multiplicando letras, dizendo que é mais bonito escrever "aaasssssiiimmm" (sério, isso não ficou restrito ao orkut). Um espaço que me fez crescer tanto como feminista e como militante, e eu mal quero chegar perto e me assustar com determinadas postagens carregadas de preconceito e, às vezes, de maldade humana. Por essas e outras, não tenho certeza se corto o vínculo ou não com o face. Decidirei em breve.
