Embora a humanidade venha encontrado gradativamente mais possibilidades para se comunicar com facilidade, os efeitos do mal uso da tecnologia tem se mostrado negativos, nas relações interpessoais. Estando inclusos no mundo onde precisamos de segundos para conectarmos com o outro lado do planeta, encontrar-se pessoalmente tornou-se cada vez mais raro.
O homem sempre teve a necessidade de "romper fronteiras". No século XV, com o pioneirismo de Portugal e Espanha, na expansão das grandes navegações, criou-se a oportunidade de interação com pessoas a enormes distâncias. Anos após, o mundo passava pela chamada "aldeia global". Entretanto, hoje nota-se a equivocação no termo aldeia, já que ao invés de troca de informações e aspectos culturais, os países 'desenvolvidos' colonizaram e impuseram sua cultura.
No século XX, ao "interagirem" inciamos um processo denominado de "globalização". Hoje, o principal aspecto de globalizar, consiste-se na comunicação, principalmente por meio das novas tecnologias. Infelizmente, para se comunicar, não é necessário encontrar-se pessoalmente com o interlocutor. Isto permite ao locutor: mentir sua identidade, agredir um público maior com menos esforço, encontrar mais facilidade para infringir os direitos humanos e a lista continua progredindo. São inúmeros os crimes cometidos, na internet, por exemplo.
Pesquisas comprovam: O homem têm tendência a ser mais frio e grosseiro nas redes sociais. É a preocupante época em que tem-se mais de 500 amigos no facebook, mas conversa-se menos com seus amigos que nas gerações anteriores. É entendível, conversar pela internet é pouco seguro, pois as conversas são gravadas. Portanto, a humanidade caminha à diminuição das relações interpessoais.
Essas mudanças já estavam sendo previstas. O sociólogo Zygmunt Bauman afirma que o mundo atual vive um momento de frouxidão nas relações sociais, por conta do avanço da tecnologia. Muito anteriormente Albert Einstein havia dito: "Temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo tenha uma geração de idiotas". Logo, percebe-se a importância que há em se relacionar pessoalmente no mundo contemporâneo.








