Resenha: Jumanji

Ficha técnica

Nacionalidade: EUA

Direção: Jake Kasdan

Gêneros: Fantasia, Ação

Produtoras: Columbia Pictures, Radar Pictures

Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan

Música composta por: James Newton Howard, Henry Jackman

Distribuidores: Columbia Pictures, Sony Pictures Entertainmen

Data de lançamento: 20 de dezembro de 2017 (Reino Unido)

SINOPSE 

Quatro adolescentes encontram um videogame cuja ação se passa numa floresta tropical. Empolgados com o jogo, eles escolhem seus avatares para o desafio, mas um evento inesperado faz com que sejam transportados para dentro do universo fictício, transformando-se nos personagens da aventura.

RESENHA 

Jumanji: Bem vindo à selva (Jumanji welcome To Jungle no original), continuação do filme Jumanji de 1995, é um filme de comedia pastelão clichê – o que não é algo ruim. Quatro adolescentes são sugados para o vídeo game jogo Jumanji, se tornando personagens dentro do jogo. A melhor parte do filme sem dúvidas é essa transformação, vemos os personagens nerds se tornando The Rock e Karen Gillan (Nebula de guardiões da galáxia), o personagem jogador de football americano se tornando Kevin Heart (e reclamando pela perda de estatura) e a patricinha se tornando Jack Black (transformação que rende as melhores cenas do filme).

A ideia de adaptar o filme de 1995, estrelada por Robin Williams, Kirsten Dusten e Bonnie Hunt para um universo mais atual, fugindo da ideia de um remake – o que é muito bom-, gerou certa expectativa. O universo magico e arcaico que jumanji exaltava em seu primeiro filme foi afastado em parte: a ansiedade do jogar de dados, a sorte ou revés causado por elas e o clima misterioso/sombrio foi totalmente excluída do novo filme. O “ar” que o filme nos oferece é algo muito semelhante ao filme Pixels, estrelado por Adam Sandler em 2015, o que não quer dizer que o filme é ruim, mas que sofreu um certo desvio quando comparado ao anterior. O frisson que o filme tenta nos causar é algo típico dos atores do novo filme, um humor simples e fácil, mas que diverte e entretém.

A trama do filme é simples, eles precisam “zerar” o jogo para voltar para casa, e para isso precisam se tornar uma equipe de verdade. Do ponto de vista da historia o filme não traz nada de novo, no entanto, apesar da trama mediana, o filme surpreende pela química do elenco, e como esse elenco interpreta seus personagens, sem parecer uma caricatura. A gente acredita em The rock como um nerd medroso, kelvin Heart como um gigante machão, Karen Gillan como uma menina antisocial e desajeitada e o mais impressionante é ver Jack Black como uma adolescente mimada.

Outra coisa que vale ressaltar sobre o filme é como ele utiliza a linguagem dos vídeo games, qualquer pessoa familiarizada vai identificar as barras de vida, os continues, os status de forças e fraquezas, as mochilas capazes de carregar infinitos itens além dos npcs que só conseguem falar coisas pré-programadas e ficam repetindo infinitamente, no entanto, vale ressaltar que o filme poderia ter abusado ainda mais dessa linguagem visto que já vimos Scott Pilgrim extrapolar muito mais nesse aspecto em 2010.

Apesar de ser um filme simples e sem surpresas, Jumanji é um dos grandes destaques de 2018, o filme tem cenas de ação competentes e divertidas. A comedia acerta em grande parte do filme e surpreendentemente tem momentos dramáticos que tocam de alguma maneira o telespectador, sem destoar da atmosfera cômica que propõe. Jumanji é um filme sessão da tarde muito competente: entrega exatamente a diversão descompromissada que promete um filme para família, mas com conteúdo para todas as idades.

Colaboradores: Guilherme Oliveira e Thiago Almeida.