Crítica: "Crô em família" e entrevista com os atores - DELTA | Cultura online

Crítica: "Crô em família" e entrevista com os atores

Share This
Ficha Técnica


Data de lançamento 6 de setembro de 2018
Direção: Cininha de Paula
Elenco: Marcelo Serrado, Tonico Pereira, Arlete Salles mais
Gênero Comédia
Nacionalidade Brasil
Distribuidor IMAGEM FILMES
Ano de produção 2017
Tipo de filme longa-metragem
Idiomas Português


SINOPSE 
Não recomendado para menores de 12 anos
Crodoalvo Valério, ou simplesmente Crô (Marcelo Serrado), é agora dono de uma badalada escola de etiqueta e finesse. Entretanto, apesar de toda a fama ele se sente bastante carente e vulnerável, por não ter amigos nem uma nova musa a quem dedicar a vida. É quando sua vida cruza com as de Orlando (Tonico Pereira) e Marinalva (Arlete Salles), que dizem ser seus parentes distantes. Paralelamente, Crô precisa escapar da sempre venenosa colunista Carlota Valdez (Monique Alfradique).


Curiosidades

  • O filme é uma sequência, precedido por Crô - O Filme (2013).
  • É o 2º longa-metragem dirigido por Cininha de Paula. O anterior foi Duas de Mim (2017).
Crítica

O Mordomo Crodoaldo Valério saiu das novelas (Fina Estampa, 2011), pela segunda vez, para nos divertir no cinema. O conflito é revelado logo no início do filme: Chega uma família do subúrbio dizendo que é “família perdida” do Crô, considerado órfão até então. Ele começa a suspeitar que é armação.
Um recurso interessante, a lá Machado de Assis, no momento em que Crô conversa com o público, falando em direção a câmera.
Apesar de algumas estereotipações do ‘homem gay’, as piadas surpreendem, fazendo referências ao humor e a musicas nacionais.
A família começa a tramar como abrir o cofre. É um filme pensado para ser atual, cita aplicativos de transporte, por exemplo, transformando esse app para o ‘público gay’, mas os espectadores sabem a qual aplicativo faz referência. É um filme nacional recheado de referências. 
Surge uma personagem com tom de crítica: ela afirma que pode entrar em qualquer lugar porque tem muitos seguidores. Ela se mostra ser uma espécie de vilã, que persegue Crô para explanar de sua vida. 
Aparecem diversos atores globais. Também usam meses no filme, como: “vamos consultar os universitários”. Alguns elementos são jogados no espectador aparentemente apenas para causar o riso, sem necessidade para a trama, em alguns momentos parecendo um exagero de recursos humorísticos que se perdem no caminho. 
Crô está confuso sobre aceitar sua família, tão diferente dele, economicamente e educadamente. O Aconselham sobre aceitar sua família e ele começa a aceitar, a ponto de não querer fazer exame de DNA pra provar.
Jefferson Schroeder, ficou famoso por suas dublagens na internet, virando um fenômeno brasileiro, incorpora o personagem Janice, colocando um pouco de "Jeff" nela: A Janice também faz dublagens. É divertido, principalmente para quem assistiu os vídeos em que Jeff viralizou na internet.
Ao mesmo tempo em que Crô sofre pela bagunça proveniente de sua família, pela exposição de sua vida pessoal, ele passa por um terceiro drama: ele está sofrendo por seu ex. 
Janice e Crô saem pra beber em uma boate. O show é da petra Gil e Pablo Vittar, que realmente aparecem no filme. Crô passa mal, e cai do palco. Janice solta um “você tá louco, quer perder seguidor?”, uma crítica direta.
A família continua aprontando: tentando roubar o cofre, tentando achar planos para enriquecerem. 
Tem alguns problemas de continuidade, cortes e trocas de roupa sem explicação.
Na briga com os closes no rosto, o recurso funciona bem.
A família faz referência até mesmo ao filme psicose.
A sonoplastia do filme é muito boa, sabe gerar o suspense nos momentos certos e os momentos descontraídos de quando a família está aprontando. 
A família, decepcionado com o que encontra no cofre, começa a tentar assassinar Crô.
Particularmente, gosto do recurso de metalinguagem, quando falam “parece final de novela” e Crô diz que é final de filme.
Após uma revira-volta surpreendente, que foi provavelmente a melhor ideia de todo o roteiro, fazendo do desfecho a melhor parte do filme. É um filme descontraído, para assistir em família, mas o roteiro poderia ser menos previsível na maior parte do longa. 
No final já também uma espécie de lição de moral: família não é necessariamente sangue, família é quem a gente escolhe. Por fim, os atores do filme respoderam algumas perguntas exclusivamente para o Cartilha Cultural.

Entrevista

CC: " Qual foi a cena mais divertida de gravar?"
Jeff: A da boate! Essa cena foi com a Preta Gil e a Pablo Vittar. Foi essa cena, a gente dançou, e tínhamos que estar com uma alegria de balada.
Marcelo: Essa! A cena que Crô passou mal, foi divertido.

CC: Qual a diferença entre fazer Crô para novela e em filme? 
Marcelo: Ah, cinema é uma outra história, é diferente. Primeiro que é tudo pequenininho (na novela) e chega aqui a tela é enorme (no cinema). Agora tava fazendo uma cena com o Jeff e eu já fiz assim "não levanta a sobrancelha", porque era um close e aí você vai ver em uma tela de oito metros. Isso aqui já é demais, na novela você faz tudo menorzinho. 

CC: O que você acha que você colocou de Marcelo em Crô e o que você colocou de Jeff em Janice? 
Jeff: Tem a questão das vozes e o fato de Janice ser meio maternal, cuidando dos amigos,  eu tentei botar isso que eu também sou.
Marcelo: A gente brinca que a Janice é a "Crô do Crô" por causa disso (risadas). 

Matérias mais lidas

Confira como está o trânsito nas principais vias da cidade

Pages