Filme: "A vida invisível" - DELTA | Cultura online

Filme: "A vida invisível"

Share This
Longa baseado em livro de Martha Batalha 
acabou de ser rodado esta semana no Rio


Fernanda Montenegro está no elenco do filme A VIDA INVÍSIVEL, de Karim Aïnouz (O Abismo Prateado, Praia do Futuro), que acabou de ser rodado esta semana no Rio de Janeiro. Com produção de Rodrigo Teixeira, da RT Features, a livre adaptação do livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, é um melodrama contemporâneo sobre sororidade , uma crônica da condição feminina nos anos 50 no Rio de Janeiro, década marcada por um conservadorismo profundo. Fernanda e Carol Duarte interpretam Eurídice Gusmão em fases diferentes da vida.

- Fazer um filme, para mim, não é só sobre o resultado, mas também sobre o processo. Nesse sentido, foi fundamental trabalhar com essa equipe e elenco que entenderam que esse era um filme vivo. O planejamento e as situações mudavam a todo momento e todos estavam abertos para isso, trabalhando junto com essas transformações diárias. Pessoalmente foi um grande desafio atualizar o melodrama e fazer um filme sobre o passado que ecoe no presente – declara o diretor.

No Rio de Janeiro dos anos 50, as irmãs Guida (Júlia Stockler) e Eurídice (Carol Duarte) são como duas faces da mesma moeda– duas irmãs apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao retornar grávida, seis meses depois e sem namorado, o pai, um português conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas para sempre e passam suas vidas tentando encontrar uma a outra, como se só juntas fossem capazes de seguirem suas vidas. Ao longo da história, revelam-se a vida adversa de mãe solo que Guida levou longe da família e o apagamento vivido por Eurídice, que acabou por abandonar o sonho de ser uma pianista profissional para se tornar uma dona de casa exemplar e satisfazer o marido e os pais.

- Esta foi a segunda vez que trabalhei com o Karim e é sempre um prazer vê-lo no set, dinâmico e muito focado em seus objetivos. Depois do ‘Abismo Prateado’, passei sete anos procurando um projeto que pudesse nos proporcionar a honra de trabalharmos juntos novamente e não poderíamos ter escolhido uma história melhor a ser contada. Estou muito feliz com a direção do Karim e a relação que ele propôs com o gênero do melodrama – comemora Teixeira.

Com roteiro assinado por Murilo Hauser e colaboração de Inés Bortagaray, além de Carol Duarte e Fernanda Montenegro, Júlia Stockler e Gregório Duvivier completam o elenco. Quem assina a fotografia do filme é Hélène Louvart, que foi fotógrafa dos longas Pina, de Win Wenders, The Smell of Us, de Larry Clark; e As Praias de Agnes, de Agnès Varda, entre outros. Com coprodução do Canal Brasil e distribuição da Sony Pictures, A VIDA INVÍSIVEL tem previsão de estreia em 2019. “Eu estou ciente de que as histórias particulares não necessariamente fazem bons filmes. Filmes são bons quando eles contam uma história ainda não contada, histórias que precisam ser contadas”, completa Karim.

Acompanhe mais informações e fotos do filme através do Instagram oficial: @vidainvisivel

Sinopse

Antigas cartas de sua irmã Guida, há muito desaparecida, surpreendem Eurídice, hoje uma senhora de 80 anos. No Rio de Janeiro dos anos 50, Guida e Eurídice serão cruelmente separadas, impedidas de viverem os sonhos que alimentaram juntas ainda adolescentes. ‘A VIDA INVÍSIVEL’ é a história destas duas mulheres, duas irmãs, tentando lutar contra as forças sociais que insistem em frustrá-las. Invisíveis em uma sociedade paternalista e conservadora, se desdobram para seguir em frente, ainda que distante de seus sonhos e desejos. Um melodrama contemporâneo sobre sororidade, sobre mulheres apaixonadas, fortes e afetuosas. Irão Guida e Eurídice se reencontrar a tempo de vencer a opressão que as sufoca?

FICHA TÉCNICA

Direção: Karim Ainouz
Roteiro: Murilo Hauser e Inés Bortagaray baseado na obra de Martha Batalha
Elenco: Carol Duarte, Júlia Stockler e Gregório Duvivier.
Produtor: Rodrigo Teixeira (RT Features)
Co-produtor: Canal Brasil e Match Factory
Produtores Executivos: Ana Kormanski, Daniel Pech, Viviane Mendonça e Camilo Cavalcanti. 
Diretora Assistente: Nina Kopko
Direção de Fotografia: Hélène Louvart
Direção de Arte: Rodrigo Martirena 
Figurino: Marina Franco
Maquiagem: Rosemary Paiva
Diretora de Produção: Silvia Sobral 
Idioma: Português 
Gênero: Drama
Ano: 2018
País: Brasil
Classificação: (a definir)

SOBRE O DIRETOR

Diretor dos premiados Madame Satã e O Céu de Suely, seu trabalho mais recente, o documentário Aeroporto Central THF, estreou este ano na mostra Panorama do 68º Festival de Berlim onde recebeu o prêmio da Anistia Internacional. Seus curtas-metragens e instalações foram exibidos em inúmeras mostras e museus incluindo o Whitney Museum of American Art Biennial, MoMa Nova York, Bienal de São Paulo, Bienal de Sharjah, Parque Lage, Festival Videobrasil. Foi homenageado na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes e teve retrospectivas na Espanha e Suiça, França e Estados Unidos. Em 2012 Aïnouz foi convidado a integrar o júri da Cinéfondation e Competição de Curtas-metragens do 65° Festival de Cannes e foi presidente do Júri do Festival do Rio em 2014.

Como consultor de roteiros, participou de programas como o Sundance Screenwriters Lab, Rawi Screenwriters Lab, na Jordânia, e Curso de Desarrollo de Proyectos Cinematográficos Iberoamericanos, da Fundación Carolina em parceria com o Programa Ibermedia, entre outros.

Aïnouz é ainda fundador e tutor do Laboratório de Audiovisual Porto Iracema das Artes, um dos principais laboratórios de desenvolvimento de roteiro do país.

Em 2015, estreou o documentário Velázquez ou o Realismo Selvagem, exibido pelo canal franco-alemão ARTE. Seu primeiro longa-metragem, Madame Satã, estreou na mostra Um Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes em 2002. Seus longas seguintes, O Céu de Suely e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (co-dirigido com Marcelo Gomes) estrearam no Festival de Veneza, na Mostra Orizzonti em 2006 e 2009, respectivamente. Em 2008, dirigiu a série de 13 episódios Alice para a HBO Latin America e, em 2011, O Abismo Prateado teve sua estreia mundial em Cannes, na Quinzena dos Realizadores, e recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio. Em 2014, Aïnouz estreou o longa-metragem Praia do Futuro na Competição Oficial da 64ª edição do Festival de Berlim, onde também apresentou o documentário Catedrais da Cultura, filmado em 3D e produzido por Wim Wenders. Aïnouz é membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

SOBRE A RT FEATURES

Fundada e dirigida por Rodrigo Teixeira, a RT Features é uma produtora nacional e internacional de conteúdo cultural e entretenimento para cinema e televisão, com base em São Paulo, Brasil. Dentre outras produções, seu currículo conta com os longas-metragens O Cheiro do Ralo (2006), O Abismo Prateado (2010), Tim Maia (2014), Alemão (2014), O Silêncio do Céu (2016) e a série O Hipnotizador (para a HBO Latin America em 2015).

No mercado internacional, a RT Features produziu os longas Frances Ha (2013), Love is Strange (2014), Love (2015), Mistress America (2015) e o recente sucesso mundial indie A Bruxa (2016), entre outros. Em 2017, a RT Features estreou as produções internacionais Patti Cake$ e Call Me By Your Name no Festival de Sundance. Para o mesmo ano, a RT Features irá produzir o novo filme de James Gray, Ad Astra, e no Brasil os longas-metragens A Vida Invisível, de Karim Ainouz, e Barba Ensopada de Sangue, de Aly Muritiba.

Dedicada a trabalhar com jovens e talentosos diretores desde a sua criação, a RT Features formou uma joint venture com a Sikelia Productions, de Martin Scorsese, com o objetivo de produzir filmes de cineastas emergentes em todo o mundo. O primeiro longa-metragem desta parceria, A Ciambra, estreou na última edição da Quinzena dos Realizadores.

SOBRE O CANAL BRASIL

O Canal Brasil tem um papel fundamental na produção e coprodução de longas-metragens, história que começou em 2008 com “Lóki – Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, que mostrou a vida do eterno mutante. Agora em 2017, o canal atinge a marca de 250 filmes. Sair do campo da exibição e partir também para feitura fez com que o Canal Brasil atingisse em poucos anos uma importância imensurável dentro do cenário do cinema brasileiro recente. Entre os longas recém coproduzidos estão “Animal Cordial” de Gabriela Almeida; “Divinas Divas”, de Leandra Leal; “Não Devore o Meu Coração” de Felipe Bragança e “Pendular” de Julia Murat.

Matérias mais lidas

Confira como está o trânsito nas principais vias da cidade

Pages