Crítica: Red Sparrow - DELTA | Cultura online
Data de lançamento: 1 de março de 2018 (2h 21min)
Direção: Francis Lawrence
Elenco: Jennifer Lawrence, Joel Edgerton, Matthias Schoenaerts mais
Gêneros: Suspense, Espionagem
Nacionalidade EUA
Adaptação de: Roleta Russa
Música composta por: James Newton Howard
Produtoras: 20th Century Fox, Chernin Entertainment, TSG Entertainment
Título original: Red Sparrow
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Ano de produção: 2018
Tipo de filme: longa-metragem
Não recomendado para menores de 16 anos


Sinopse

Outrora talentosa bailarina, Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) encontra-se em maus bocados quando é convencida a se tornar uma Sparrow, ou seja, uma sedudora treinada na melhor escola de espionagem russa. Após passar pelo árduo processo de aprendizagem, ela se torna a mais talentosa espiã do país e precisa lidar com o agente da CIA Nathaniel Nash (Joel Edgerton). Os dois, no entanto, acabam desenvolvendo uma paixão proibida que ameaça não só suas vidas, mas também as de outras pessoas.

Crítica 

Alguns dos principais elementos de marketing utilizados para divulgar o filme era justamente a frase "Jennifer Lawrence como você nunca viu". E de fato, quem assistiu a atriz em Jogos Vorazes quase não a reconhece nesse mais novo papel. 
O longa-metragem se inicia apresentando os dois personagens, como dois filmes em paralelo, que são os protagonistas da trama - uma que cuida de sua mãe, enquanto o outro recebe um código por telefone e tem uma arma.
A mulher que cuida de sua mãe é bailarina e alguns enquadramentos fazem referencia clara ao filme Cisne Negro. As duas tramas parecem acontecer em paralelo, ao mesmo tempo, enquanto o homem que tem a arma caminha, nervoso.
Os dois momentos de tensão (que são, justamente, o que desencadeia toda a história) contribuem para deixar o espectador também tenso. A bailarina tem um osso quebrado na apresentação, enquanto o Americano, vendo necessidade de chamar a atenção dos policiais (para desviar a atenção de com quem ele estava em contato) atira no chão, despertando atenção e perseguição da polícia.
Dominika descobre que quebraram sua perna propositalmente, uma cena pouco previsível, ela neste momento os machuca violentamente. 
Cena forte de estupro, que parece servir apenas para "fortalecer a personagem" que está amadurecendo enquanto se vê forçada a entrar no programa de espionagem que o tio a coloca, porque ela precisa de dinheiro para manter a casa e os altos custos da doença da mãe. O tio parece ser uma pessoa ruim, com certa atração pela sobrinha e ela entra no programa para se tornar uma Sparrow. 
É como uma guerra fria entre Rússia e EUA. A fotografia do filme contribui para a sensação de violência e sedução no espectador, havendo várias cenas de nudez. O paralelismo também tem sua intenção: mostrar como a Rússia seria desumana no tratamento com seus conterrâneos enquanto os EUA poderia oferecer liberdade e proteção para ela, caso ela traísse o próprio país.
O programa para se tornar uma Red Sparrow é tenso, repugnante, repulsivo, com cenas quase difíceis de assistir. Ocorrem mais cenas de tentativa de estupro. Algumas cenas parecem estar no filme só para chocar e esse "choque" fortalece os Sparrows de alguma forma. 
O paralelismo começa a se encontrar e Dominika deve investigar o americano do início do filme. Ao mesmo tempo que o longa introduz, levemente, um romance, em que o espectador se vê shippando, é difícil saber quem está mentindo, se alguém está enganando o outro, ou se eles realmente se gostam.
Ele oferece que ela passe pro lado dele. O final é surpreendente e a tirada que Dominiza faz é, de fato, uma boa finalização e, com certeza, agrada o espectador. Se alcançam as expectativas de quem se propõe a ver por conta das propagandas, é uma outra história, mas é, de fato, Jennifer Lawrence como você nunca viu.

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